Teatro da UFSC apresenta "Era uma vez no pântano dos gatos" na Semana Ousada de Artes UFSC – UDESC
De
Gratuito, com distribuição de senhas dias 23 e 24, meia hora antes do espetáculo, e dias 25 e 26 com ingresso retirado também meia hora antes do espetáculo.
A peça "Era uma vez no pântano dos gatos" será apresentada do Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha) neste fim de semana, de
A peça, de Marina Carr, com tradução de Alinne Fernandes, é uma produção da Oficina Permanente de Teatro (OPT), do Departamento Artístico Cultural (DAC) da Secretaria de Cultural e Arte (Secarte) da UFSC, com direção de Carmen Fossari.
Segundo a diretora do espetáculo, esta é uma rara oportunidade de o público de Florianópolis e estudantes de Teatro conhecerem a dramaturgia da escritora Irlandesa mais influente da Irlanda Contemporânea: Marina Carr. A obra é traduzida por Alinne Fernandez, ex-aluna da Oficina Permanente de Teatro (OPT) da UFSC, que atualmente cursa doutorado na Irlanda (Queen´s University Belfast, Santander Universities Network) com o tema o tradutor e o diretor.
A encenação acontece no palco e nos corredores da plateia estimulando sensações diversas ao público que, ao adentrar no Teatro, se depara com uma impactante instalação de um Pântano, tanto nos aspectos sonoros quanto visuais. Um simulado fog ambienta o espaço do público. Num momento posterior, conduzido pelo Coro Corpo Voz, o ambiente do Pântano é deslocado cenograficamente ao palco, interagindo com o Plano das Personagens. Esta ambientação e a presença do Coro Corpo Voz são elementos que a diretora Carmen Fossari acrescentou na leitura cênica do texto, já que não constam da obra literário dramatúrgica.
O figurino todo é no "clima" Vintage, a inserção de vídeos e o Coro, que realiza a sonoplastia ao vivo, aliados a interpretações fortes tornam "Era uma vez no pãntano dos gatos", um espetáculo inusitado e emocionante.
Ana Paula Lemos é uma emocionada Ester Cisnéia, uma Medeia contemporânea. Antonieta Mercês, uma memorável Elza Mattanora que, ao
adentrar no casamento do filho vestida de noiva, deixa os convidados (e o público) perplexo e às gargalhadas. Flora Moritz revela-se uma atriz convincente, interpretando uma criança, que por sua vez vai ao casamento do pai com a segunda mulher, vestida com a roupa da primeira comunhão. O elenco surpreende pela entrega ao trabalho, pelo detalhamento da construção de suas personagens.
Personagens inusitadas mescladas a personagens mais verossímeis, como
a única Mulher Gato, ou o Padre Willow. Ou o Garçom que quer ser astronauta, ou o pai que lamenta que sua filha se casa e o abandone.
A dramaturgia de Marina Carr, em tradução de Alinne Fernandes é rica
de humanidades, contradições, amor, desamor, desespero, fatos trágicos, alguns cômicos, como requer um teatro vivo.
O trabalho vocal está a cargo da professora de Técnica Vocal da Oficina Permanente de Teatro, a cantora e compositora do grupo Cravo da Terra, Ive Luna. O trabalho corporal é coordenado pela atriz e bailarina Mariana Lapolli, que recém interpretou a personagem Irmã Celeste, filha de Galileu Galilei, na peça As luas de Galileu Galilei. O ator Nei Peri que interpretou Galileu naquela peça integra o Coro Corpo Voz.
O texto
O terceiro de uma trilogia de Marina Carr aborda a temática de uma mulher, Ester Cisnéia, de origem cigana. Ela vive no Pântano dos Gatos e, ao momento da trama, seu ex companheiro, Cartageno, a abandona porque vai se casar com uma noiva mais jovem e rica: Caroline. Caroline é a filha do proprietário das terras adjacentes ao Pântano: Xavier Cassidy.
Ester Cisnéia vive à margem de todos os afetos, reproduzindo o clima trágico de Medeia, embora o texto contemporâneo traga elementos do Realismo Fantástico, mesclados com personagens absurdamente histriônicos como a Sogra Mattanora, que vai ao casamento do filho Cartageno, vestida de noiva.
A autora, em sua primeira fase, seguiu a linha do teatro de Samuel Beckett, do Teatro do Absurdo, mas foi na linha do Realismo Fantástico que obteve pleno êxito com sua dramaturgia.
Elenco:
Alê Borges – Xavier Cassidy
Ana Paula Lemos Souza - Ester Cisnéia
Antonieta Mercês - Dona Mattanora
Cristiano Mello – Aquele que espreita almas
Neusa Borges - Mulher Gato
Douglas Maçaneiro - Cartageno Mattanora
Flora Moritz - Josiane Mattanora
Simão Grubber - Padre Willow
Marcia Cattoi – Caroline Cassidy, A noiva
Marlon Casarotto - Garçom
Nathan Carvalho - Garçom
Roberto Moura – O fantasma de José Cisnéia
Lechuza Kinski - Monica Murray - A vizinha
Coro Corpo Voz: Mariana Lapolli, Nei Perin, Bruno Leite, Muriel Martins, Rubia Medeiros, Silmara Grubber, Vanessa Grubber e Adenilse Venturieri
Técnica:
Trabalho de Voz: Ive Luna
Trabalho Corporal: Mariana Lapolli
Professores da OPT: Augusto Sopran, Alexandre Passos, Sérgio Bessa, Ive
Luna e Carmen Fossari.
Operador de Imagens: Ivana Fossari
Luz, Figurino: Calu
Efeitos: O Grupo
Pesquisa Musical: Sérgio Bessa
Estagiário Assistente de Direção: Marlon Casarotto
Fotografia: Alinne Fernandes, Israel e Carmen Fossari
Produção: Grupo Pesquisa Teatro Novo da UFSC
Direção Geral: Carmen Fossari
Apoio: Departamento Artístico Cultural (DAC) da Secretaria de Cultural e Arte (Secarte) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - Semana Ousada de Arte - UFSC - Udesc
SERVIÇO:
O QUÊ: Espetáculo teatral "Era uma vez no pântano dos gatos" com o Grupo Pesquisa Teatro Novo da UFSC, na 3ª Semana Ousada de Artes - UFSC - Udesc
QUANDO: De
QUANTO: Gratuito, com distribuição de senhas dias 23 e 24, meia hora antes do espetáculo, e dias 25 e 26 com ingresso retirado também meia hora antes do espetáculo.
CONTATO: Teatro da UFSC / DAC (horário de expediente, em dias de semana) (48) 3721-9348 e 3721-9447
VISITE: www.dac.ufsc.br e www.semanaousada.ufsc.udesc.br
Fonte: [CW] DAC: SECARTE: UFSC, com material da produção do espetáculo.