Foto:Grupo de Maracatu Arrasta IlhaDia 18/05, quarta-feira, na Concha Acústica da UFSC. Gratuito e aberto à comunidade.
O Projeto 12:30 recebe o Coletivo PIRA!, nesta quarta-feira, 18/05, às 12h30 na Concha Acústica. O espetáculo é gratuito e aberto à comunidade.
[ Notícia atualizada em 17.05.2011 às 14h30]
O Coletivo PIRA! (Coletivo de Produção Integrada de Resistência Antimanicomial) é um espaço de militância, formação, trocas e intervenções acerca da saúde mental na perspectiva da Luta Antimanicomial e da Reforma Psiquiátrica. Para comemorar o dia Nacional da Luta Antimanicomial (18 de maio) e com o objetivo de sensibilizar a comunidade acadêmica para as formas de ver o sujeito e as relações sociais estabelecidas na produção da loucura, o Coletivo, juntamente com a ABRASME - Associação Brasileira de Saúde Mental - convidam para à HORA DA LOUCURA!!!
Serão realizadas apresentações do Grupo de Maracatu Arrasta Ilha, do Grupo de Teatro, Cinema e Terapia dos usuários do CAPS II Ponta do Coral e rap com Sayron Luiz Borges Nunes. Concomitantemente ocorrerá uma Feira de Produtos Artísticos de usuários da rede de Saúde Mental do município de Florianópolis, além de grafiteiros locais a favor da Luta Antimanicomial e da Reforma Psiquiátrica.
Grupo de Maracatu Arrasta Ilha
O Grupo Arrasta Ilha existe há cinco anos em Florianópolis e tem por objetivo difundir a cultura do Maracatu de Baque Virado, além de outras manifestações populares como o boi de mamão. O Maracatu de Baque Virado, ou Maracatu Nação é uma brincadeira popular urbana de forte cunho religioso, encontrada no Recife, Pernambuco. É uma manifestação de origem africana inserida no ciclo carnavalesco que simboliza, entre outras coisas, a coroação dos reis do Congo, feita em forma de cortejo. O cortejo é acompanhado por uma orquestra de percussão, formada por alfaias, abês, ganzás, atabaques, taróis e gonguê, além de uma voz solo e o coro de vozes.
Grupo de Teatro, Cinema e Terapia dos usuários do CAPS II Ponta do Coral
O CAPS foi uma conquista de movimentos sociais relacionados à reforma sanitária e de luta antimanicomial, adeptos de uma concepção de Reforma Psiquiátrica Antimanicomial. Com isso, problematiza-se a existência dos manicômios enquanto instituições totais de controle e luta-se a favor do fechamento dos mesmos, cessando as práticas já comprovadamente ineficazes, muitas vezes torturantes e contrárias aos Direitos Humanos. A partir disso e concomitante, pretende-se a construção de uma rede substitutiva eficaz, que permita a reinserção desses indivíduos na vida comunitária e social. Uma das formas de se atuar no CAPS de forma integradora é a oferta de algumas oficinas terapêuticas como de pintura, música, costura, escrita, horta e teatro, por exemplo.
O Grupo de Teatro, Cinema e Terapia dos usuários do CAPS II - Ponta do Coral foi iniciado em janeiro de 1997, mas apenas no segundo semestre de 1998 o trabalho voltou-se definitivamente para o teatro, pela percepção do potencial terapêutico deste em termos de afirmação das singularidades e de fortalecimento da solidariedade grupal. Trata-se de um grupo que se propõe a colocar em evidência a arbitrariedade dos diagnósticos psiquiátricos, a categorização de normal e patológico já naturalizado na sociedade, a produção da loucura e a excessiva medicalização a ela relacionada.
Coordenador: Marcos Eduardo Rocha Lima (Marquito)
Atores: Ana Paula, André “Puro Êxtase”, Ângela, Camila, Cristina, Elemar, Eloá, Fabiano, Fernando Auacatepe, Gilmar, Jéssica, João Sagaz (Roberto Carlos), Laís, Leonardo, Marquito, Nilo e Rainoldo.
Apresentação de Rap
Fundada em 2009 pelo entendimento da importância dos benefícios psicossociais decorrentes da produção musical, a oficina de música do CAPSad Continente, composta por usuários e profissionais do serviço, apresenta o resultado deste trabalho. Possui diversos objetivos terapêuticos, dentre eles a socialização, promoção de autonomia, resgate da auto-estima e identidade destas pessoas marginalizadas pela sociedade. A música como forma de expressão permite um espaço socialmente reconhecido e valorizado.
Com a colaboração deste espaço de criação, o Rapper Sayron Luiz Borges Nunes, usuário do CAPS-ad Continente, compôs seus próprios raps, que relatam sua história, marcada por experiências sofridas diante de uma lógica de exclusão.
Feira de Artesanato dos usuários da rede de Saúde Mental de Florianópolis
A feira de produtos tem por objetivo dar a oportunidade a artistas e artesãos de expor e comercializar suas obras. Foi confirmada a presença de uma artista, que produz diversas artes e dividirá nesta data um pouco de sua criação.
Artista: Nara - Imãs de geladeira reciclados, sacolas retornáveis, agendas, canecas, camisetas e quadros
Apresentação de grafite
Considerando o grafite como uma forma de expressão e criação, grafiteiros profissionais demonstrarão um pouco de seu trabalho neste evento, em favor da luta antimanicomial.
Grafiteiros: Driin, Renan, Gabriel e Nara
Projeto 12:30
O projeto 12:30 é realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à
Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e apresenta semanalmente atrações de cunho cultural de música, dança e teatro. As apresentações acontecem todas as quartas-feiras, ao ar livre, na Concha Acústica, e, quinzenalmente, às quintas-feiras, no Projeto 12:30 Acústico, no Teatro da UFSC.
Artistas e grupos interessados em se apresentar no projeto dentro do campus da UFSC devem entrar em contato com o DAC através dos telefones (48) 3721-9348 / 3721-9447 ou por e-mail, enviando mensagem para projeto1230@dac.ufsc.br.
SERVIÇO:
O QUÊ: Apresentações artísticas do Coletivo PIRA!
ONDE: Projeto 12:30 na Concha Acústica da UFSC, Praça da Cidadania, Campus Universitário, Florianópolis-SC.
QUANDO: Dia 18 de maio de 2011, quarta-feira, às 12h30.
QUANTO: Gratuito, aberto à comunidade.
CONTATO: Coletivo PIRA! : pirantimanicomial@gmail.com - Visite www.dac.ufsc.br
Fonte: Kadu Reis - Acadêmico de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do Projeto 12:30, DAC: SECARTE: UFSC, com informações e foto do grupo.
