quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Produções de Zeca Pires são selecionadas para o Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Arraial D’Ajuda

Cena de A Antropóloga, de Zeca Pires

O longa-metragem catarinense “A Antropóloga” e o vídeo clipe “Reggae da Tainha”, ambos dirigidos por Zeca Nunes Pires, foram selecionados para a 5ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Arraial D'Ajuda, que acontece de 25 de novembro a 8 de dezembro.

O vídeo clipe “Reggae da Tainha” vai ser exibido no dia 29 de novembro (sábado). Já “A Antropóloga” será exibido no dia 3 de dezembro, às 20h15.

A 5ª edição do evento passa a ter caráter internacional, já que terá a participação de filmes estrangeiros na mostra principal, que até a última edição estava restrita a filmes nacionais. O troféu Curumin, alusivo a cultura indígena, traduzia as primeiras imagens do Descobrimento do Brasil sob o olhar dos colonizadores, e foi assim referenciado enquanto um festival de filmes exclusivamente brasileiros. Com o novo formato se fez necessário a concepção de um novo símbolo, que recebe o nome de “Esquina do Mundo” por traduzir o aspecto cosmopolita da região.

A Antropóloga

A Antropóloga permaneceu durante 105 dias em cartaz nos cinemas comerciais de Florianópolis, participou da mostra competitiva de cinema internacional de São Paulo de 2010 e  foi um dos filmes brasileiros inscritos na lista para representar o Brasil no Oscar 2012 de Melhor Filme Estrangeiro.

O longa catarinense, distribuído pela Imagem Filmes, entrará em cartaz ainda neste ano nas principais cidades do estado catarinense e também no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Sinopse

Aos 33 anos, Maria de Lourdes Gomes Azevedo Ramos (Malu) realiza na Costa da Lagoa –  reduto açoriano na Ilha de Santa Catarina (Florianópolis/Santa Catarina/Brasil) – sua pesquisa de doutorado na área de etnobotânica. Sua vinda a Costa da Lagoa não será meramente um marco em sua carreira acadêmica, mas uma série de desafios emocionais que coloca a protagonista no limite entre a razão e a imaginação, ciência e misticismo, crença e ceticismo, amor e paixão.   Com dona Ritinha, benzedeira mais conhecida na comunidade, Malu inicia o aprendizado da cultura mística que os descendentes de açorianos preservam no local. Ao acompanhar o tratamento realizado com as ervas da mata atlântica à Carolina - filha do médico local -  ministrado por D.Ritinha, Malu entra em contato com o sobrenatural e envolve-se na cura da menina. Contrariada pelo pai da menina, Malu enfrenta o ceticismo científico, antes propagado por ela própria. As evidências são muitas e Malu se vê levada a montar o painel de coincidências, situações sobrenaturais, intuições, constatações místicas e induções dos moradores da comunidade. Após período de auto-enfrentamento, Malu decide singrar a verdadeira viagem rumo ao desconhecido, o lugar de onde Malu jamais voltará.


Reggae da Tainha – Sereia Manezinha

O Reggae da Tainha traduz a cultura ilhoa falando dos peixes, pescadores e as mulheres da Ilha. Júlio César Cruz compôs a letra, em 2007, inspirado nas lindas mulheres, nos peixes do litoral da Ilha de Santa Catarina e os pescadores tradicionais da Barra da Lagoa, a mais conhecida colônia de pescadores da capital catarinense.

Feita em trocadilhos inteligentes e bem amarrados, usando mais de 20 nomes de peixes, “Sereia Manezinha” ficou guardada um ano até o artista multimídia Valdir Agostinho ler a composição. Extasiado, o artista da Barra da Lagoa “pirou”, como o próprio define, e a partir daí o trabalho foi consolidado, passando do papel para uma composição trabalhada em estúdio. O subtítulo “Sereia Manezinha” virou “Reggae da Tainha”, sugestão de Gazu, vocalista da banda Dazaranha, produtor e arranjador da música. A voz de Agostinho deu um toque ilhéu ao trabalho, cuja letra, divertida e inteligente, agrada desde os pescadores da Barra aos blogueiros especialistas em cultura, arte e música. Foi aí que entrou em cena outro ilustre Mané, Zeca Pires, o cineasta fã do Valdir, que com sua brilhante intuição, traduziu a música em imagens no clipe Reggae da Tainha.

O clipe foi rodado na Costa da Lagoa, o cenário é todo produzido com obras do Valdir, feitas do lixo que o próprio artista recolheu na praia e no mar da Lagoa. Nos extras, além do making of, fotos still do fotografo Inglês Paul Mansfileld, “Tudo mutcho lindcho”, como diz o próprio Valdir.

Veja o vídeo clip:


Confira a programação:
http://www.costacentral.com.br/novosite/programacao-completa.php